“Estamos na torcida pela medalha de ouro”, diz treinadora de atleta da Associação Paralímpica de Paranaguá


Por Marinna Prota Publicado 22/04/2021 às 15h39 Atualizado 16/02/2024 às 00h10
tecnica Silmara e paratleta Marcelo Santos

Por Marinna Protasiewytch com informações de Diogo Monteiro

O maior evento esportivo multicategorias do mundo, as Olimpíadas de Tóquio, deve acontecer entre os meses de junho e agosto e a cidade de Paranaguá estará representada nas Paraolimpíadas. Isso porque um dos atletas da Associação Paralímpica de Paranaguá (APP) já passou pelas seletivas e participará de um treinamento em São Paulo, entre 31 de abril e 7 de maio.

Em entrevista ao JB Litoral, a treinadora de Marcelo dos Santos, paratleta de bocha e experiente de 48 anos que representa a APP desde 2016, contou que o representante da cidade mãe do estado está entre os 11 melhores do país. Ao todo são 9 vagas para representar o Brasil, no Jogos Paralímpicos em Tóquio no Japão.

“Ele disputava competições por Curitiba e viu o nosso trabalho. Gostou da qualidade dos nossos treinamentos, nos procurou por isso e permanece até hoje levando a bandeira da nossa cidade pelo mundo. Apresentamos na época ao prefeito, Marcelo já está na Seleção Brasileira a muito tempo. Em 2016, no Rio de Janeiro, ele conquistou a prata representando a capital, agora em 2021 estamos na torcida que ele possa conquistar a medalha de ouro por Paranaguá”, contou Silmara França.

Silmara é treinadora paradesportiva e está na Associação Paralímpica de Paranaguá desde 2011, quando treinou uma equipe de cegos e deficiente intelectuais que treinavam em Curitiba, mas representando a cidade parnanguara. Hoje, a equipe conta com seis atletas de alto rendimento e 40 alunos deficientes, divididos entre a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e a Escola Municipal Eva Cavani.

Com a pandemia da Covid-19, o esporte paralímpico foi o que mais sofreu com as restrições, primeiro pelos atletas, que são diretamente do grupo de risco e segundo pela falta de locais adequado, muitas vezes improvisados, para realizarem o treinamento. Silmara contou que o Bolsa Atleta e o apoio de empresas da cidade ajudaram a superar esse momento mais delicado.

“Quando tudo parou em Paranaguá, nós deixamos de fazer os treinos presenciais e iniciamos o projeto treino pandemia, que possibilitou que eles realizassem as atividades físicas em casa. Eu sempre passo um cronograma para que eles possam seguir durante a semana e sempre peço vídeos e fotos, para que eles comprovem os treinos. Principalmente, os que recebem o auxílio do bolsa atleta, que precisam comprovar que mesmo sem os treinos presenciais estão se desenvolvendo, garantindo assim a manutenção do benefício.”, concluiu.

Durante a pandemia Marcelo tem realizado seus treinos em casa e de forma online. Vídeo: Marcelo dos Santos